quinta-feira, janeiro 11, 2007

Um cara genial


Putz, deu vontade de escrever. Até aí tudo bem, mas escrever sobre o que? Poderia escrever sobre um milhão de assuntos, todos chatos, pretensiosos, mela-cueca ou pseudo-engraçadinhos. Poderia pegar um assunto em voga qualquer, como por exemplo a Cicarelli dando chilique e bloqueando o youtube da galera depois de dar a bunda pro mundo inteiro (literalmente) ver. Poderia falar sobre o novo vídeo do Sadam empacotado ou sobre os surtos maníaco-depressivos do marido policial da vovó Susana Vieira (aliás, eu trocava 24 horas de vídeo da Cicarelli dando no mar para ver 30 segundos do maluco quebrando o motel E a puta que estava com ele pra depois chamar a mãe para pagar a conta). Isso deve ter sido engraçado. Tentando manter o foco: gente escrevendo sobre isso está cheio por aí, inclusive gente com muito mais vocação para a escrita do que eu. Bom, só tentando escrever sobre o que não vou escrever já escrevi um tanto e nem comecei a escrever sobre o que eu queria...confuso, não? É mesmo, mas isso está em linha com o tema das breves palavras deste post maldito: Pit "Pedro" Passarell, o mito. E não estou falando isso de forma irônica ou pejorativa. Falo de coração mesmo. Pit é o cara! Para quem não sabe, Pit é músico, fundador e principal compositor da banda Viper, compositor de umas tantas músicas do Capital Inicial que se ouve por aí e lenda urbana no meio em que vive (cena rocker de São Paulo e o bairro de Higienópolis). Eu sou suspeito pra falar da banda Viper, talvez a minha preferida (casei ao som de Illusions), então vou me abster de me aprofundar sobre esse tema específico. Quero falar do Pit (e por que não da banda, já que são quase a mesma coisa). Falo dele como figura carimbada do bairro em que vivi minha infância e adolescência. Do cara que é líder de uma banda que fazia turnês pela Europa e Japão e ao mesmo tempo frequentava o memo boteco de sempre (ainda vou escrever sobre o Ugue's em algum momemento). De ser um péssimo cantor mas ter um carisma tão grande que algumas músicas SÓ podem ser cantadas por ele. De tomar uma breja com fãs como eu antes do show em Presidente Prudente. De ter composto alguma das melhores músicas que já ouvi na vida e ainda assim parecer sempre confuso e alheio a tudo em volta. De ser talvez o principal responsável pela união impressionante da Família Viper - membros, antigos membros e fãs de longa data, como se fosse sempre uma reunião de família no Natal (alguns caras que só aparecem de ano em ano mas sempre são bem recebidos). Eu tenho poucos e bons amigos, cuja vida sempre girou de alguma forma em torno do nosso bairro, tal qual o grande Viper. É engraçado, mas acho confortante saber que o bom e velho Pit está ainda por lá, como se o tempo estivesse parado, congelado num dos melhores momentos da minha vida. Não vou tornar esse post sentimentalóide, então vour terminar por aqui agradecendo o Pit por ter escrito talvez a trilha sonora da minha vida até agora, e ter ensinado a mim (e aos meus amigos) que "quem é brother nunca perde a brodagem!".

6 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Tudo a ver esse post! Acho que o Viper também foi a banda que eu mais ouvi e assisti na minha vida...

Algo me diz que, dadas as incontáveis histórias bizarras do Pit, ele vai ser um tema recorrente no blog da Bloka! Hahaha...

11:28 AM  
Blogger Craudio said...

Muito bem Bloka! Pit é realmente uma das lendas urbanas do novo milênio.

Outro dia ele tava num Itaú ali da Angélica, tentando tirar dinheiro no caixa eletrônico. Acho que já tinha virado atração, porque todos os seguranças olhavam pra ele.

O cara dá show até em caixa de banco ahhahahahahhahahahahahahaha.

Bejas na testinha!

11:58 AM  
Anonymous Anônimo said...

BURP ...li e gostei pq foi escrito por voce. Falken, o cara ... Pit, apenas mais residente de higienópolis. Viper, mais um banda nacional com algumas boas músicas em inglês e uma música em portugues sensacional. "Agora que eu olhei pra trás, eu vou pegar outra estrada ...."

2:42 PM  
Anonymous Anônimo said...

Blokinha, sensacional o Blog!! Viper é genial, o Pit também é genial, assim como todas as músicas que o cara escreve. Martoquinha diz que é razoável mas por dentro todos sabemos que ele concorda em gênero, número e grau com a genialidade da banda e de um de seus criadores!!

Aueba!!

3:44 PM  
Anonymous Anônimo said...

Falken,
Adorei o teu texto! Deixa disso, tu escreve bem pacas (principalmente quando fala de mim!). Vou acessar sempre o seu blog. Adorei ser lenda urbana, em vez de ser lenda do mato, feito o saci pererê ou boi tatá...
Obrigado pelos elogios e espero retribuir assim que eu começar a conhecer melhor teus outros textos, que devem ser muito bons...
É nóis, mano!!

Parabéns!!

Beijo

4:56 PM  
Anonymous Anônimo said...

Maravilhoso, acho que se eu tivesse o dom da escrita, como a Bloka ou o homenageado Pit, não teria colocado uma vírgula diferente.
OBRIGADO SENHOR !
Abração Bloka,
Saudades.

Jaga! esperando o disco novo.

12:49 PM  

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