Vida e Glória de Manito Barros
Poucas pessoas podem se orgulhar de ter uma vida com tantas histórias e lembranças inusitadas (para não dizer bizarras), que nos fazem crer que as mesmas deveriam ter no mínimo 200 anos para ter vivido tudo aquilo. Manito Barros é (ou foi, vai saber...) um desses.
Manito é músico multi-instrumentista. Domina o violão, passando pela guitarra, baixo, teclado, bateria, berimbau, flauta, harpa, oboé e todo e qualquer artefato que produza som. Auto-didata, dizem que seria capaz de aprender qualquer instrumento de um dia para o outro, podendo inclusive após esse prazo de 24 horas lecionar com propriedade para aqueles que tiveram a sorte de tê-lo como mestre.
Sim, Manito tambem é professor. Teve como felizardos alunos diversos conhecidos meus, que aprenderam com ele técnicas e nunaces de guitarra, violão, baixo e teclado. Aliás, poucos tiveram a sorte de ver sua performance em solos de teclado. Manito formou músicos e tinha tanto amor à arte que mesmo fragilizado pela ingestao de uma mal fadada coxinha, não esmoreceu e compareceu à aula. Cagou forte, é verdade, no banheiro do aluno, mas compareceu.
Como se vê Manito é guerreiro, daqueles que nunca desistem, corajoso. Tão corajoso, que se aventurou na Ponte do Rio que Cai nas famigeradas Olimpíadas do Faustão. Foi alvejado impiedosamente com um tirambaço na cabeça. Caiu, levantou, bola pra frente. Muitos projetos a serem realizados e nada poderia detê-lo.
Pois, claro, Manito é empreendedor. Tinha um sonho, gravar um disco. Foi atrás, ainda que isso implicasse convencer seus alunos a se comprometer por escrito a comprar cópias se e quando a obra-prima fosse lançada. Poucos aderiram, mas Manito não esmoreceu, sempre teve esperança.
Tanta esperança que escreveu ao Porta da Esperança, em busca de seu sonho. Para isso, nem a falta de telefone (e provavelmente endereço fixo) atrapalharia. Deu o telefone de um de seus alunos como contato (ainda que somente informasse tal aluno tempos depois), mas não foi chamado. Será que sua esperança menos importante e merecedora de atenção que tantas outras?
Nem isso o abalou. Muito pelo contrário, o fortaleceu. E atitudes radicais foram necessárias. Pediu um adiantamento a todos os seus alunos e utilizou os recursos da forma que entendeu correto. As aulas pagas adiantadas ainda não foram dadas e naquela fase da vida Manito precisou sumir por uns tempos. Assim que a poeira abaixar, segundo o palavras do próprio, ele reaparecerá. Faz mais de dez anos, mas se ele prometeu, irá cumprir.
Nesse interim, mudou seu nome provisoriamente para Samuel Dantas. Sim, Manito é na verdade dois, ou quem sabe mais, tal como a lenda viva (ou não) que ele se transformou deve ser. Manito fez história onde passou. Manito aconteceu, criou, chorou, riu. Eu não conheci Manito, mas sei que Manito é gente que faz. Gente que faz merda.
Burp!
Manito é músico multi-instrumentista. Domina o violão, passando pela guitarra, baixo, teclado, bateria, berimbau, flauta, harpa, oboé e todo e qualquer artefato que produza som. Auto-didata, dizem que seria capaz de aprender qualquer instrumento de um dia para o outro, podendo inclusive após esse prazo de 24 horas lecionar com propriedade para aqueles que tiveram a sorte de tê-lo como mestre.
Sim, Manito tambem é professor. Teve como felizardos alunos diversos conhecidos meus, que aprenderam com ele técnicas e nunaces de guitarra, violão, baixo e teclado. Aliás, poucos tiveram a sorte de ver sua performance em solos de teclado. Manito formou músicos e tinha tanto amor à arte que mesmo fragilizado pela ingestao de uma mal fadada coxinha, não esmoreceu e compareceu à aula. Cagou forte, é verdade, no banheiro do aluno, mas compareceu.
Como se vê Manito é guerreiro, daqueles que nunca desistem, corajoso. Tão corajoso, que se aventurou na Ponte do Rio que Cai nas famigeradas Olimpíadas do Faustão. Foi alvejado impiedosamente com um tirambaço na cabeça. Caiu, levantou, bola pra frente. Muitos projetos a serem realizados e nada poderia detê-lo.
Pois, claro, Manito é empreendedor. Tinha um sonho, gravar um disco. Foi atrás, ainda que isso implicasse convencer seus alunos a se comprometer por escrito a comprar cópias se e quando a obra-prima fosse lançada. Poucos aderiram, mas Manito não esmoreceu, sempre teve esperança.
Tanta esperança que escreveu ao Porta da Esperança, em busca de seu sonho. Para isso, nem a falta de telefone (e provavelmente endereço fixo) atrapalharia. Deu o telefone de um de seus alunos como contato (ainda que somente informasse tal aluno tempos depois), mas não foi chamado. Será que sua esperança menos importante e merecedora de atenção que tantas outras?
Nem isso o abalou. Muito pelo contrário, o fortaleceu. E atitudes radicais foram necessárias. Pediu um adiantamento a todos os seus alunos e utilizou os recursos da forma que entendeu correto. As aulas pagas adiantadas ainda não foram dadas e naquela fase da vida Manito precisou sumir por uns tempos. Assim que a poeira abaixar, segundo o palavras do próprio, ele reaparecerá. Faz mais de dez anos, mas se ele prometeu, irá cumprir.
Nesse interim, mudou seu nome provisoriamente para Samuel Dantas. Sim, Manito é na verdade dois, ou quem sabe mais, tal como a lenda viva (ou não) que ele se transformou deve ser. Manito fez história onde passou. Manito aconteceu, criou, chorou, riu. Eu não conheci Manito, mas sei que Manito é gente que faz. Gente que faz merda.
Burp!