quarta-feira, janeiro 24, 2007

So close no matter how far...


A música é piegas, marca o começo do fim do grande Metallica, mas essa frase talvez traduza bem o que quero dizer nesse post, que tem tudo para ser piegas tambem, mas foda-se. O tempo passa, as coisas tomam rumos às vezes estranhos, pessoas mudam, amadurecem, constroem suas vidas de maneiras diferentes, em lugares diferentes. Dizem que os melhores amigos são aqueles que cresceram com você, e eu concordo 100% com essa afirmação. Meus melhores amigos de fato participaram e influenciaram diretamente na minha formação. Crescemos juntos, vizinhos de bairro e mesmo aqueles poucos que nao são filhos de Higienopolis, se incorporaram de alguma forma ao bairro, de modo que tenho que agradecer por ter na minha turma de amigos uma verdadeira familia, daquele tipo que sempre esta junto, participa de decisões complicadas, está presente nos momentos engraçados e tristes, apóia quando a vaca vai pro brejo e dá risada junto depois. Mas em decorrência dessas reviravoltas que a vida dá, a proximidade fisica nem sempre e viável. Compromissos profissionais, circunstancias da vida, nao importa o motivo, fato é que diferentemente da época de colégio, estar todo mundo junto o tempo todo tornou-se missão impossivel. Eu mesmo, por opção minha, estou longe (ainda que por pouco tempo). Outros construiram suas vidas em terras distantes sem previsão de retorno a curto prazo. Tem tambem aqueles que nao mudaram de cidade ou país, mas mudaram de rotina. As vezes a vida adulta sucks mesmo. Tenho uma tendência nostálgica, faz parte mim, e não consigo deixar de lembrar com saudades das várias viagens, das férias de 3 meses, um olhando pra cara do outro no bar ou em casa jogando video-game, das baladas, das histórias, de como era fácil se divertir com a pouca grana da mesada, de como era bom não se preocupar tanto com o futuro. Mas o futuro chegou e hoje vivemos ele. Porém, nesse final de 2006 calhou de todo mundo estar junto de novo, e eu percebi pra minha felicidade que tudo mudou mas ao mesmo tempo NADA mudou. A nossa capacidade de rir junto, de querer estar junto, de olhar para o passado juntos e nos ver no futuro juntos permanece intacta. Pouca gente tem isso e eu tenho para mim que o futuro, temido futuro, ainda não chegou de fato. E quando chegar, vai ser uma espécie de Amici Miei - Atto IV. Ainda bem.