quarta-feira, fevereiro 21, 2007

The Apparition

Longo e tenebroso inverno desde o ultimo post. Havia sim o risco de um periodo sem saco, e o risco se materializou. Mas tudo é ciclico, e o saco voltou, apesar de as idéias ainda faltarem. Na verdade, idéias não faltam, o que falta é justamente concatená-las e colocá-las de forma minimamente inteligivel.

Fato é que a nuvem negra se dissipou e muitos posts virão em breve, mas esse especificamente trata justamente daquilo que sei que vi, mas não acredito que vi, ou prefiro acreditar que não vi ou preferia não ter visto. Acho que a ultima opção é a mais verdadeira. Enfim, o cenário é tipico daqueles de filmes terror trash anos 80. Noite, estrada deserta, MUITA neblina, eu sozinho no carro voltando para casa (para quem não sabe moro em uma cidade e trabalho em outra). Aqui na Irlanda o transito funciona na base de rotatórias ao invés de semaforos, então ha muitas delas, mesmo nas estradas principais, pois sao utilizadas para os retornos. Fodam-se as rotatórias, elas não são o objeto deste texto.

O objeto, que me abalou ligeiramente, é exatamente o que vi no meio da rotatória. Pois bem, com uma neblina que so permitia enxergar poucos metros adiante, eu me aproximei da rotatória que me levaria a estrada de Limerick. O local é um descampado deserto (como 90% da Irlanda), ainda mais naquele horario, naquele frio, naquela escuridão e naquela neblina. Ao me aproximar, quando o farol do meu carro iluminou o centro da rotatória, la estava a aparição. Não acredito em fantasmas, em espiritos ou qualquer outra coisa que venha do além. Na verdade mais e mais me torno materialista e niilista, mas o que eu vi não sei explicar. Era uma forma humana, de capuz, mas o seu rosto nao era exatamente humano, não aquele olhar, não aquele sorriso. Ainda que fosse, asseguro que não ha qualquer razão para um ser humano estar naquele lugar, naquela hora e naquelas condições. Eu diminui a velocidade, olhei para aquilo e aquilo olhou para mim. Dificil descrever, mas o olhar dessa entidade (vou chamar assim pq nao sei mais como chamar) transparecia algo ruim, algo do mal MESMO. Não parei, mas não acelerei e enquanto a neblina me permitiu ver, a coisa olhava para mim. Desliguei o radio, voltei em silencio para casa, as pernas bambas e nunca mais vi a entidade, mas me cago todo dia sempre que passo por aquele lugar.

Nem sei pq escrevi isso. Odeio essas historinhas de experiencias extra-sensoriais, de brincadeira do copo, de violetas na janela, de "energias" e o escambau. Como eu disse, não acredito no que vi e obviamente não espero que ninguem mais acredite. Deve ser mentira mesmo. Ou eu estou louco de vez. Ou os dois.

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Não se precipite Floka, vc reparou se ele segurava uma pizza nas mãos ? Se a resposta for sim, não se preocupe, ele já deu as caras por aqui, só corre atrás de crianciancinhas...

Abraço,
Jaga!

12:40 PM  
Anonymous Anônimo said...

Hahahahaha...boa Jaga...mas esse só aparece para mim. Fato é que gostaria muito de ter presenciado essa doidera junto com o Sr. Floka. Quem sabe daqui há umas 3 semanas hein Bloka?? Avise que estamos a caminho!!!

Aueba!

SÔ!

2:06 PM  
Anonymous Anônimo said...

Não seria o Arnaldo da Fazenda????

Ash

3:41 PM  
Anonymous Anônimo said...

Desta vez ... não era eu!

Martins

4:19 PM  
Anonymous Anônimo said...

Era o ceifeiro, não? Acho que eu vi esse cara naquele filme "O Sétimo Selo". Hehehe

Vamos checar a história daqui a uns dias! É novas que vou querer passar nessa rotatória!! Heheheh

Feta

2:48 PM  

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